Quando o médico fica tão feliz quanto o paciente
Atendi recentemente uma senhora de 89 anos que veio ao consultório acompanhada da filha, que já é minha paciente há algum tempo e realiza procedimentos estéticos comigo. A motivação da visita era especial: ela queria se preparar para o casamento de um familiar.
Essa senhora já havia feito pequenos procedimentos estéticos pontualmente, mas não tinha gostado do resultado por não ter visto melhora. Então chegou com sentimentos mistos — ao mesmo tempo em que queria ver alguma melhora, também tinha receio de olhar no espelho e não se reconhecer.
Durante a consulta, conversamos bastante sobre suas expectativas e limitações dos procedimentos, e decidimos iniciar com algo bem sutil: aplicamos três seringas de ácido hialurônico, uma quantidade modesta considerando seu grau de envelhecimento.
O produto foi aplicado em pontos estratégicos do rosto, e o resultado foi muito positivo. Ela ficou visivelmente mais satisfeita, notando melhora sem perder suas características naturais – e isso, para mim, foi o mais gratificante.
E esse caso me marcou especialmente porque ele me lembrou algo muito importante: que o desejo de se cuidar, de se ver bem, de se olhar no espelho com carinho, não tem idade. Isso, na verdade, é instinto de vida.
Se cuidar é um ato de amor-próprio, e isso é atemporal.